VIAGEM DE JUNHO: Indo pra uma cidadezinha da Bahia:

julho 03, 2016

Resolvi viajar pra Bahia de última hora, meu pai e minha mãe estão lá já faz alguns dias e tava afim de sair da correria de SP e do stress que meu irmão e minha cunhada me fazem passar em casa.
Comprei a passagem na terça, tive só terça e quarta pra me programar e conseguir uma grana considerável pra viajar.
Quinta 4 da manhã já estava no aeroporto -sozinha e com sono- esperando me chamarem pra dormir no avião.
Entrei no avião e simplesmente apaguei (aposto que ronquei pra caralho) e só pra avisar que o lanche da Avianca é ruim demais me deixa até triste. ANYWAY
Cheguei no aeroporto de Salvador 8:30 e tive uma pequena caça a um taxista por lá que não fosse clandestino. Achei, depois de um tempo, pedi pra ele me levar pra Rodoviária.
Cheguei na rodoviária e ele me desejou "Feliz São João", eu não entendi de começo o motivo (acho que era sono) mas desejei de volta pra ele.
Quando cheguei na rodoviária tinha aproximadamente TODAS AS PESSOAS DO MUNDO LÁ, foi então que eu percebi que era feriado de São João e todo mundo resolveu viajar.
Eu tinha que comprar a passagem das 10:30 pra uma cidadezinha pequena chamada Ourolandia (claramente não tem no mapa) porém só tinha pra 14:30. Eu não tinha o que fazer então comprei e tive que esperar das 9h às 14h30 em uma rodoviária lotada de gente correndo pra lá e pra cá.
Achei um McDonalds lá, pedi um lanche enorme pra matar o que tava me matando e conheci umas meninas que iam pra uma cidade do interior que não lembro o nome, a gente meio que fez amizade e prometi a elas que iria pro carnaval em salvador (promessa claramente falsa).

Entrei no ônibus, era um ônibus antigo, sujo, empoeirado e sem ar condicionado e pra um calor igual o da Bahia entrar em um ônibus sem ar condicionado é pedir pra desmaiar lá mesmo.
O trânsito tava infernal, ao invés de chegar as 21h eu acabei chegando 1 da manhã. Dormi quase toda a viagem mas o tempinho que estive acordada pude perceber que a maioria das casinhas que eu via na estrada tinha uma fogueira acesa e toda a família em volta. Além disso havia muita estrela no céu, não sei porque mas olhar pro céu estrelado realmente me deixa relaxada e sempre faço isso.


Cheguei na cidade e além de passar quase todo o dia dormindo, pude passear naquela cidade tão pequena, acho que a menor cidade que já fui em toda minha vida. as pessoas estranhavam ver uma menina nova lá, todo mundo ficava me olhando, falavam com a pessoa ao lado e depois me olhavam de novo.
A única diversão que tinha por lá é ir a uma lanchonete comer um x burguer e escutar forró, não porque eu queria mas porque o bar ao lado tinha sempre alguém com o carro cheio de caixa de som tocando alguma música terrivelmente alta.




No domingo eu fui pra um Horta cheia de verduras, legumes e frutas orgânicas. Acho que essa Horta foi a única diversão que eu tive por lá
Mãe comprou 10 beterrabas 4 melancias um monte de cebolinha e coentro 8 cenouras e 6 milhos por 15 fucking reais e TUDO ORGÂNICO ... fiquei chocada.
No dia seguinte, além de ter comido um monte de melancia eu fiquei deitada o dia todo. eu já tava naquela fase de toda a viagem que eu tenho: O desespero pra voltar pra casa.
minha diversão foi pegar um cacho de uva, jogar uma uva e ver se caia na minha boca, se caísse na primeira tentativa 3 pontos, na segunda tentativa 2 pontos e na primeira tentativa 1 ponto
Depois todos os caroços e as uvas esteticamente feias e furadas eu separava e fazia cada um de bonequinho no reino das uvas e as vezes ficava procurando rã no quintal de casa, só achei uma que praticamente morava lá.





Na rodoviária eu tinha comprado um livro sobre organização e tentei ler ele todos os dias pra ver se eu me tornava uma mulher do lar que ama arrumar a casa e deixar tudo organizadinho, claramente esse livro não me ajudara em muita coisa.
Era pra eu voltar na terça feira, acabou não dando certo por conta do preço extremamente alto das passagens de avião, então tive que esperar até sexta-feira pra ir embora de lá.
Cheguei na madrugada de sexta pra sábado, umas 1 hora da manhã.
O lugar tem muitas pessoas extremamente legais e hospitaleiras, perguntam se a gente tá gostando de la, dão informações na maior calma, nos ajudam o máximo que podem, mas voltar pra casa, pro estresse de São Paulo, por incrível que pareça, me conforta




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